Comunicado dos Prefeitos e Prefeita dos 15 Municípios da Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (Amesc)
Prezados Cidadãos,
Os Prefeitos e Prefeita dos 15 municípios da Amesc se reuniram em assembleia ordinária na última semana para debater e discutir sobre a situação da segurança nas escolas e creches dos municípios, em virtude dos repetidos ataques ocorridos nos ambientes escolares em diversas localidades do Brasil.
Durante a reunião, os prefeitos pontuaram a necessidade de vir a público tranquilizar a população, tendo em vista que não se registrou qualquer anormalidade no andamento das aulas ou no ambiente escolar nos municípios que compõe a Amesc.
Sabe-se que, lamentavelmente, em momentos como este, oportunistas servem-se de mídias sociais para disseminar notícias infundadas ou alarmantes, desestabilizando e afligindo a sociedade.
Não obstante, os prefeitos demonstraram profunda preocupação com o tema, discorrendo sobre a situação das escolas em seus municípios, apresentando as medidas implementadas, tais como monitoramento por câmeras, portões eletrônicos, levantamento de muros e cercamento com concertinas, gradeamentos entre outros. Alguns municípios, inclusive, disponibilizaram vigias para monitorar a entrada e saída das escolas.
Em que pese os esforços realizados, é importante frisar que essas medidas adotadas devem ser robustecidas pelas políticas de segurança, que são de competência do Estado. Ressalte-se que aos municípios compete tão somente a proteção de seus bens, serviços e instalações, já a preservação da ordem pública, a polícia ostensiva e as investigações competem ao Estado através das Polícias Civil e Militar.
Em decorrência dos acontecimentos recentes, verificou-se a necessidade de elaboração de um protocolo de ação para mitigar e prevenir possíveis atos dentro dos espaços públicos municipais de ensino, com a capacitação da comunidade escolar e a criação de regras de condutas padrão para lidar com situação de risco iminente.
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Além disso, diversas sugestões foram apresentadas pelos prefeitos, tais como dispositivos eletrônicos como botão de pânico, com comunicação direta com as forças de segurança pública (PMSC e Polícia Civil), câmeras monitoradas com imagens disponibilizadas em tempo real para as polícias militar e civil, além de trabalhos preventivos alertando e solicitando a comunidade em geral, forças públicas e sociedade civil organizada para que, juntamente com o poder público, criem projetos e programas de conscientização e prevenção, visando a mitigação e/ou eliminação de risco aos estudantes, professores, trabalhadores e famílias em geral dos municípios extremo sul.
Contudo, há necessidade urgente de ampliar o debate envolvendo as demais entidades públicas, de classe e congêneres (como as Polícias Militar e Civil, Ministério Público, Judiciário e OAB), em um diálogo com toda a sociedade, com a finalidade de buscar meios e mecanismos de evitar que a violência atinja os usuários de serviços públicos em escolas, postos de saúde, centros de convivência e repartições públicas em geral.
É de suma importância a mobilização perante o Congresso Nacional, para que haja um enrijecimento das penas para essas condutas, como forma de inibir tais atrocidades.
Lamenta-se, também, que durante momentos de crise existam pessoas e empresas mal-intencionadas e oportunistas que proliferam o caos para que possam obter benefício, em especial, financeiro. Como se pode observar, proliferam publicações que têm ganhado notoriedade, disseminadas unicamente com o propósito de angariar vantagem econômica, motivando que os municípios façam dispêndio de valores consideráveis para a atividade da qual ele é prestador de serviço.
A Amesc, bem como todos os municípios que a integra, seguem atentos e vigilantes e monitorando a situação como forma de responder rapidamente a qualquer alteração no quadro instaurado no Brasil em decorrência de atos dessa natureza.